Prática Docente

A afetividade na interação professor e aluno


Logo no início da vida, o indivíduo se expressa exclusivamente por meio de gestos, do choro, do contato físico com a família. Isso mostra que a base da aprendizagem se dá logo de início de maneira afetiva. 

Nos primeiros dias de aula, o que se observa é o medo do novo ambiente e a dependência dos alunos diante da família. Muitas crianças choram, sentem falta dos pais, até começarem a interagir com o professor e os demais colegas. Nessa fase, o vínculo físico e emocional é que vai possibilitar a aprendizagem. 

Assim, vejo que a afetividade tem papel fundamental na formação básica do indivíduo, sendo que tal formação precisa ser presencial.

Depois disso, todo o processo de ensino-aprendizagem ganha reforço diante das experiências vividas e compartilhadas com o grupo, internalização dessas experiências, respeito e incentivos. Aqui, como a afetividade influencia a aprendizagem por meio de reforços menos físicos, as relações entre professor e aluno podem se expandir para a educação à distância, sem nenhum prejuízo para a aprendizagem.

Concordo com Piaget sobre o papel motivador da afetividade pra a aprendizagem, visto que os laços afetivos contribuem para a construção do conhecimento. Vygostky, ao tratar a formação da aprendizagem por meio das relações sociais, mostrou que a mediação e a internalização são aspectos básicos para o desenvolvimento intelectual, sendo inseparável da influência afetiva, o que também penso. E o que Wallon apregoa, vai de encontro ao que afirmei acima: a consciência afetiva dá origem à atividade cognitiva, passando por fases em que uma ou outra se sobrepõe.
Uma experiência que comprova a relação entre afetividade e conhecimento pode ser notada no início da vida escolar, em que os alunos chamam as professoras de “tia”, um fator emocional que estreita a relação, dá confiança para a aprendizagem, e possibilita o conhecimento, por meio da interação e segurança entre professor e aluno.



Como posso utilizar as tecnologias para melhoria da minha prática docente, dentro da realidade local na qual estou inserido, bucando favorece a aprendizagem?

Não há dúvidas que os recursos tecnológicos só vêm a somar os mecanismos de transmissão de conhecimento. O cuidado que se precisa tomar é justamente no sentido de usar as TICs para auxiliar as práticas pedagógicas e não substituir a forma tradicional de ensino.  

Na realidade local, o computador pode ser um poderoso recurso de aprendizagem, caso suas ferramentas sejam utilizadas corretamente e de modo a permitir a interação e contribuição de todos. O que falta é qualificação aos professores para lidar com essas novas tecnologias na educação. 

Uma maneira de facilitar e dinamizar o ensino é fazer uso de planilhas eletrônicas, permitindo o contato com situações novas de simulação e modelagem, por meio de: gráficos e diagramas para ilustrar informações; simulação e desenvolvimento de jogos; uso de fórmulas e grandezas matemáticas e estatísticas. Outra maneira de auxílio diz respeito ao uso de softwares de apresentação, para diversificar a aprendizagem por meio das ferramentas de produção de slides, criação de folhetos, cartazes, banners, murais eletrônicos etc.

A última contribuição, na minha opinião é a mais importante, pois pode facilitar consideravelmente e ao mesmo tempo prejudicar e muito a aprendizagem dos alunos: a Internet. Por meio dela, pode-se fazer pesquisas dos mais variados assuntos, acessar bibliotecas virtuais e uma infinidade de obras, fazer visitas virtuais a museus e cidades, criar grupos de discussão, interagir com pessoas de qualquer parte do mundo etc. Mas, necessita de cuidados, pois seu conteúdo está na rede disponível para todos. As redes sociais e os sites de jogos, mesmo sendo proibidos na escola, os alunos
podem acessar em casa e envolver de modo a tomar a maior parte do tempo dos alunos, causar alienação, desinteresse pelos estudos.
 
Portanto, vejo que o uso das TICs pode influenciar positivamente a aprendizagem, ajudar a fixar os conteúdos didáticos e principalmente: fortalecer a visão crítico dos discentes.




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